terça-feira, 26 de agosto de 2014

PEIXES ORNAMENTAIS








Meu agradecimento especial a instrutora Paula Matuoka - Sesc Carmo, Curso Gif-Colorização. Noemia



Os PEIXES ORNAMENTAIS ou de AQUÁRIO
é o nome dado em aquariofilia ou  aquarismo  
às espécies de peixes que são selecionadas pela exuberância das suas cores, formas, porte e tamanho e pela facilidade de manutenção em aquários/cativeiros.

Podem ser encontrados no meio natural,  de onde são capturados ou feita as extrações,
originários em sua maioria da água doce, dos rios, e 
também da água salgada, do mar.

Na Amazônia, a cidade de Barcelos, é considerada a capital dos peixes ornamentais de água doce do Brasil, devido a diversidade e quantidade de espécies de peixes que habitam os rios.

Aproximadamente 2.500 famílias dos municípios amazonenses de Barcelos, na margem direita do Rio Negro, a noroeste de Manaus e de Santa Isabel do Rio Negro, vivem da captura desses peixes ornamentais.

Já, o Ceará, se destaca, em trabalhar com a captura ou extrativismo e com grandes volumes de exportação de peixes ornamentais marinhos.

Tanto as espécies de peixes ornamentais de água doce 
como as de água salgada brasileiras, importantes para a aquariofilia mundial, figuram entre os mais belos.

Se, a cerca de uma década e meia o Brasil, liderava a exportação de peixes ornamentais no mundo, hoje, ainda, reconhecido e respeitado exportador, desses dois segmentos, ainda movimenta no mercado, valores expressivos, gerando fonte de divisas (CR$) para a economia do país.

Os maiores importadores de peixes ornamentais são os Estados Unidos, o Japão e países europeus como a Alemanha, a Inglaterra e a França.

NOVA VIDA ou VIDA NOVA
A ARTE FASCINANTE DO AQUARIOFILISTA

AQUARIOFILIA ou AQUARISMO
É a prática de criar peixes ornamentais em aquários.

E, é claro, os aquariofilistas especialistas, são pessoas experientes, capazes, dedicadas, que estudam os peixes e que se preocupam em dar a eles a continuidade de vida próxima da que eles tinham na natureza, seja, na particularidade de cada rio ou na particularidade do mar imenso.

Sendo assim, os peixes ornamentais de água doce, ficarão em aquários com água doce e os peixes ornamentais de água salgada, ficarão em aquários com água salgada.

E, tudo farão para que eles não morram, sobrevivam e vivam nos seus novos lares, ou seja, nos aquários, definindo tamanhos e formatos, se pequenos, se médios, se de paredes inteiras, para essa população de peixes que irá povoá-lo, como nos aquários residenciais, ou como nos aquários comunitários de cardumes de peixes, com tudo o que for necessário: quanto aos cuidados de iluminação, parâmetros da água, pH da água, temperatura da água, etc. etc.; ou quanto aos cuidados das espécies dos peixes, alimentação adequada e quantidade, comportamento de cada espécie, se calmo, pacífico ou agressivo, se carnívoro, hábitos noturnos ou diurnos (peixes não têm pálpebras, caso não durmam, ficam estressados); ou quanto à decoração, plantas, pedras, enfim, são muito os cuidados.

A ARTE E A MISSÃO FASCINANTES
DO CRIADOR DE PEIXES ORNAMENTAIS

PISCICULTURA ou AQUICULTURA 
ou AQUACULTURA
A piscicultura ou aquicultura ou aquacultura tem o objetivo da REPRODUÇÃO EM CRIADOUROS, produção em grande escala, de peixes ornamentais que foram capturados ou extraídos da natureza para fins de comércio, contribuindo, de certa forma, para a continuação e para que não haja a extinção das espécies na natureza.

Missão árdua, às vezes, o criador especialista, ou o criador cientista, ou o criador biólogo, devido esforços, persistência, consegue a reprodução em cativeiro, seja, em tanques apropriados ou em lagos artificiais, de peixes ornamentais mantendo a espécie original,

(às vezes, nem conseguem definir o sexo, só quando colocam vários juntos e aí, há a formação de casais, eles se separam dos demais e ficam sempre juntos)

e a observação se intensifica devido o interesse pela sua beleza, (é o caso do peixe ornamental Neon Cardinal de água doce, cuja reprodução em cativeiro é muito difícil) e até mesmo através de cruzamentos gerando outros peixes ornamentais com beleza diferente, ainda mais fortes e mais resistentes apropriados para
venda no mercado interno e para a exportação.

Minas Gerais e Rio de Janeiro são centros criadores de peixes ornamentais.

Importações acontece. Mesmo das espécies de peixes ornamentais de água salgada encontradas no Brasil, para atender os aquaristas, que na falta deles, passam a privilegiar os peixes importados.
Motivos:
1º - A escassez.
O índice de captura ou extrativismo ser maior do que a reprodução no meio natural.
2º - Na tentativa da reprodução em cativeiro não se conseguir êxito, e quando se consegue, a reprodução ser esporádica e de baixa qualidade.

No tocante a PREÇOS, os peixes ornamentais de água doce são mais BARATOS e os peixes ornamentais de água salgada mais CAROS.
1º - Leva-se em consideração a diferença do número das espécies, 450 espécies de água doce para 136 espécies de água salgada, listadas pelo IBAMA-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, permitidas para captura ou extrativismo e comércio.
2º - A maior possibilidade dos peixes ornamentais de água doce se adaptarem ao um novo meio do que os peixes ornamentais de água salgada.


  






OS PEIXES ORNAMENTAIS BRASILEIROS de água doce, são encontrados geralmente em igarapés e alguns dos mais conhecidos são: o Neon Cardinal, o Acará Bandeira, o Acará Disco e o Cascudo.


IMAGENS E TEXTOS GOOGLE 
FONTE: WWW.VIVATERRA.ORG.BR



NEON CARDINAL  
Nome científico Paracheirodon axelrodi
É também conhecido como Tetra Cardinal.
Origem - só existe na Bacia do Rio Negro
Habitat - águas bem vegetadas e sombreadas
Hábitos - pacíficos, gostam de formar cardumes, sendo bastante sociáveis.
Sua beleza é bastante excepcional, de cores vibrantes, tem alto valor comercial, e é considerado por especialistas aquaristas como uma das espécies mais bonitas da região Amazônica, sendo um dos mais populares nos aquários comunitários.
Esta espécie é frequentemente confundida  com o Neon Verdadeiro (Paracheirodon innesi) que raramente aparece nas lojas.
Alimentação - omnívoro. Alimentam-se de micro-vermes, plâncton e larvas.
Reprodução - Difícil. Mas, já conseguida.
Atingem até 5 cm e o macho é mais esguio que a fêmea.
Ameaças: escassez, captura predatória, poluição e destruição do habitat.
 


ACARÁ BANDEIRA
Nome científico Pterophyllum scalare
Origem - Amazonas
Habitat -  águas não muito profundas, calmas e ricas em vegetação de várzea.
Hábitos - peixe pacífico, se bem que não se deva confiar nele em companhia de outros menores.  É um tanto temperamental, às vezes fica parado não significando necessariamente que esteja doente. O que acontece é que se assustam facilmente, principalmente os mais velhos . Gostam de ficar em grupos.
O Acará Bandeira é um dos mais populares peixes de água tropical doce.
Considerado por muitos o aristocrata dos aquários, é um  príncipe, tem porte majestoso, elegância no nadar e inusitada beleza.
Sua coloração brilhante é valorizada pelo seu exclusivo e lindo conjunto de barbatanas, e pela variedade de padrões que foram desenvolvidos ao longo de décadas de cruzamento seletivo.
Este peixe se transformou-se numa dor de cabeça para os ictiologistas e aquariófilos, pois sob a mesma forma e igualdade de colorido foram descobertas três espécies diferentes: P.scalere, P.eimekei e P.altum.
As diferenças são pouco aparentes para os aquaristas menos avisados, já que tudo parece limitar-se à quantidade de escamas e raios das nadadeiras.
Alimentação - 
Reprodução - Ovíparo
Atinge o tamanho de 15 cm.
Ameaças: destruição do habitat, captura predatória e tráfico.




ACARÁ DISCO 
Nome científico Symphysodon discus
Origem - Amazonas
Habitat - águas pouco profundas nos igarapés do rio Amazonas e seus afluentes, com grande quantidade de sais minerais e matéria orgânica, que tornam a água escura em meio a troncos e raízes de árvores submersas.
Hábitos - é um peixe acostumado a viver em cardumes com cerca de 20 (vinte) exemplares, estabelecendo-se uma hierarquia onde o peixe maior será dominante, este pode ser macho ou fêmea, seguindo-se de sub-chefes. Essa hierarquia é baseada no tamanho de cada exemplar e apresenta sua maior importância onde geralmente os peixes maiores se alimentam primeiro.
Quando um exemplar recebe uma intimidação de outro hierarquicamente acima dele este se curva para trás deixando o ventre passível ao ataque, essa é uma forma de um exemplar se submeter ao outro, lembrando que não há agressão, é somente um meio de mostrar "quem é que manda".
Este peixe é um dos mais belos.
É achatado e redondo como um prato.
A coloração geral varia de alaranjado até azul-esverdeado, com oito barras verticais. A cabeça, os opérculos e o dorso são cobertos de linhas irregulares de brilho intenso, que vão do cinza até o verde claro. As nadadeiras dorsal e anal, que na base se confundem com o corpo, são cobertas pelas mesmas linhas. A nadadeira caudal é transparente. Dizem, sem nenhuma prova definitiva, que o macho é mais colorido que a fêmea.
Alimentação - carnívoro.
Reprodução - ovíparo e cuida da prole
Atinge o tamanho de 20 cm.
Ameaças: captura criminosa, destruição do habitat e tráfico .
Os peixes coletados na natureza passam por um stress muito grande durante a viagem do seu habitat natural até os centros urbanos. Os peixes são capturados na natureza e transportados em péssimas condições onde grande parte morre devido às condições precárias de transporte e stress da longa viagem.




CASCUDO
Nome científico Hypostomus punctatus
Origem - Brasil
Habitat - peixe de fundo
Hábitos - pacífico, noturno. Fica ativo e se alimenta neste período, mas muito pouco. Durante o dia passa à sombra.
Também é conhecido como Cascudo Pintado, não é um peixe muito bonito, mas muito útil, muito simpático e inofensivo. Possui uma ventosa em sua boca que faz aderir em pedras e que ajuda a raspar as algas. Revestido por placas ósseas, o seu corpo dificilmente é atacado por outros peixes.
Alimentação - algas constituem sua alimentação principal.
Reprodução - ovíparo. A fêmea deposita seus ovos em grutas e buracos e logo após o macho os fecunda
Pode atingir 30 cm.
Ameaças: poluição e destruição do habitat.

OS PEIXES ORNAMENTAIS BRASILEIROS de água salgada mais conhecidos são:




APOGON BRASILEIRO
Nome científico Apogon americanus
Alcança 20 cm.
Vive no litoral norte ao sudeste do Brasil.





BODIÃO
Nome científico Halichoeres poeyi
Também chamado Bodião Rei.
Geralmente medem de 10 a 20 cm de comprimento podendo chegar a 30 cm.
Reprodução: hermafrodita alternante (começa a vida como fêmea e transforma-se em macho).
Vive no litoral norte ao sudeste do Brasil.






BODIÃO ARARA
Nome científico Bodianus pulchellus
Alcança 25 cm de comprimento.
Vive no litoral norte ao sudeste do Brasil.


BODIÃOPAPAGAIO 
NomecientíficoBodianusrufus
Vive no litoral norte ao sudeste do Brasil. 


BORBOLETA AMARELO 
Nome científico Chaetodon ocellatus
Alcança no máximo 20 cm de comprimento.
Vive no litoral norte ao sudeste do Brasil.



CAVALO MARINHO
Nome científico Hippocampus reidi
Os cavalos-marinhos vivem nas águas rasas de mares localizados em regiões de climas temperado e tropical em todo o mundo.
O cavalo-marinho é uma espécie de peixe que possui a capacidade de mudar de cor.
Para movimentar-se pela água usam a vibração das barbatanas dorsais.
A época de reprodução da fêmea ocorre na estação da primavera. 
Ela bota diversos ovos que são fertilizados pelo macho que os guarda numa bolsa (base da cauda) até o momento do nascimento.
A alimentação basea-se em: pequenos vermes, moluscos, crustáceos e algumas espécies de planctons.
O alimento é sugado pelo cavalo-marinho através de seu fucinho tubular.
Possuem dois olhos e a capacidade de mexer um independente do outro.
Nadam na posição vertical.
O corpo é coberto com placas em anel e possuem espinhos na nadadeira dorsal.
São utilizados em áquarios ornamentais de água salgada, porém necessitam de cuidados especiais para sobreviverem.

Comprimento: 15 cm aproximadamente
Cor: amarelo, vermelho, marrom (possui a capacidade de mudar de cor)
Peso: em média de 50 a 100 gramas 

 

SARGENTINHO 










































































































































































































































































































































































































































































SARGENTINHO 
Nome científico Abudefduf saxatilis
Medem, geralmente, de 8 a 15 cm de comprimento, ainda que se reportem espécimes com cerca de 20 cm.
Nativos de todos os mares tropicais e subtropicais do mundo, onde habitam águas rasas com corais e rochas, sendo frequentes na costa brasileira.  




ANJO RAINHA
Nome científico Holacanthus ciliares 
Alcança cerca de 40 cm de comprimento.
É considerado um dos peixes mais bonitos do mundo. 
É encontrado desde a costa do Brasil até o Caribe.
 

IBAMA-INSTITUTO BRASILEIRO 
DO MEIO AMBIENTE E 
DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS...
Para desenvolver cada atividade, há leis específicas, regidas pelo IBAMA-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, autorizações, cadastros, etc., etc., que devem ser cumpridas e para que se possa desenvolvê-las e a fiscalização têm-se intensificado, desde a captura ou extrativismo na natureza, como para o aquariofilista, para o criador aquariofilista, para o criador especialista/cientista/biólogo e até para os lojistas que irão comercializá-los.
FONTES:
www.mpa.gov.br
www.vivaterra.org.br
www.suapesquisa.com






Noemia Arabe